Professores da rede municipal de Teodoro Sampaio realizam paralisação reivindicando pagamento de reajustes previstos na lei

Na manhã desta terça-feira (10/7), os professores da rede municipal de Teodoro Sampaio, paralisaram as atividades pela segunda vez em menos de 90 dias. O motivo é a insistência do prefeito em não pagar o Piso Nacional da Educação, uma lei que garante o pagamento de um valor definido pelo governo para os profissionais da área.

Desde 2023, os professores vêm lutando pelo cumprimento do Piso Nacional da Educação no município. A perda do poder de compra foi agravada pela negativa do prefeito em cumprir a lei. A APLB, sindicato que apoia os professores, mediou a cobrança e o projeto foi enviado à Câmara Municipal. No entanto, a Câmara inicialmente aprovou apenas 5% de suplementação, quando o prefeito solicitava 55%.
Após diversas tentativas de negociação, o prefeito enviou um novo projeto à Câmara, desta vez omitindo o valor da suplementação. A Câmara novamente vetou o artigo, gerando uma série de embates e discussões. O presidente da Câmara convocou uma reunião com contadores das três partes envolvidas para esclarecer as finanças, resultando na aprovação da suplementação por unanimidade.

Apesar da aprovação, o prefeito não sancionou nem publicou a lei aprovada. O presidente da Câmara tomou essas medidas promulgando a lei, mas até hoje os professores não receberam os retroativos nem os 10% previstos.
“Não pagou até hoje, nem o retroativo nem nada. Ele mandou uma contraproposta para a gente que seria 18,57%, e depois ele mandou outra contraproposta dizendo que só poderia dar os 10%, concordamos e
nem isso ele pagou. Essa é a nossa principal reivindicação, porque o 8,57% vamos judicializar. Só retornaremos à sala de aula quando o dinheiro estiver na conta”, pontuou a professora Maria José.


Destacando a falta de responsabilidade do gestor, a professora relatou ainda que além de não valorizar os profissionais qualificados a prefeitura tem colocado pessoas sem preparo na sala de aula para substituí-los.

“Falta de responsabilidade do gestor colocando juntamente com seu secretário de educação pessoas contratadas que nem professores são para estar ocupando o nosso lugar enquanto durar a paralisação. Ele não quer pagar aos professores que são os profissionais que devem estar em sala de aula exercendo seu papel e está pagando contratados que não são professores, pessoas que não são profissionalizadas para estar lá” disse.
A APLB, junto com os professores, permanece na reivindicação do pagamento dos 10% acordados e dos retroativos. A esperança é que os profissionais qualificados sejam reconhecidos e remunerados de acordo com a lei para que possam retornar às salas de aula.

Fonte Fala genifax