A sociedade feirense tem acompanhado a luta do coletivo de mães de crianças com TEA (Transtorno do Espectro Autista), que vem se estendendo desde setembro de 2024 para garantir o tratamento de seus filhos pela Unimed.
Após a primeira reportagem, o coletivo de mães em Feira de Santana realizou diversos protestos, um em frente ao Fórum Filinto Bastos, ainda no mesmo mês, compareceram às 7 Varas Cíveis do Fórum Filinto Bastos para pedir celeridade ao Judiciário. Em outubro, divulgaram nota nas redes sociais reforçando um apelo de celeridade ao Judiciário baiano. Em novembro, durante protesto frente a Unimed no município, o coletivo de mães relatou que o plano de saúde vem descumprindo decisões judiciais, onde das 16 liminares favoráveis, apenas 9 estavam sendo cumpridas.
No dia 23 de dezembro de 2024, pais realizaram um protesto em frente a sede da Unimed no município cobrando um posiuconamento e cumprimento das decisões judiciais. No dia seguinte a esta manifestação, cinco crianças tiveram o seu direito ao tratamento garantido. Porém, recebemos a informação na manhã desta sexta (24), que 2 crianças ainda continuam sem direito ao tratamento, conforme relata ao Conectado News a mãe Jackeline Silva Lopes.
“Estamos desde setembro lutando para reestabelecer os tratamentos de nossos filhos em clínica especializada da cidade e em 19 de dezembro, após um dia inteiro de espera e humilhação aguardando um posicionamento na recepção do entreposto da Unimed em Feira de Santana, recebemos contato telefônico de uma servidora do serviço social da Unimed nos comunicando a 5 dos 8 manifestantes que atendendo à ordem judicial, as terapias estavam restabelecidas na clínica de origem, e aos demais que a situação deles estava sob análise e em breve dariam retorno. Entretanto, 35 dias depois viemos comunicar que A UNIMED NÃO CUMPRIU O PROMETIDO:
– 3 crianças eles comunicaram à clínica que o tratamento seria restabelecido, porém ainda não quitaram os débitos existentes na clínica e estão exigindo que os pais façam solicitações de autorizações mensais, o que lhes permite negar ou reduzir as terapias disponibilizadas como já vem acontecendo com outros pacientes da mesma operadora na clínica, num claro desrespeito às ordens judiciais que estabelecem a manutenção das terapias na clínica de origem conforme prescrição médica e por tempo indeterminado.
– as outras 2 crianças que eles garantiram por telefone que as terapias seriam restabelecidas, até o presente momento a clínica não recebeu nenhum comunicado da Unimed autorizando este retorno e seguem com atendimento suspenso.
– do mesmo modo, até hoje a Unimed não deu retorno aos pais das 3 crianças que ficaram de analisar suas situações, mesmo após cobrança.
Diante do exposto, o saldo da luta e o seguinte: das 34 crianças que tiveram seus tratamentos suspensos, 17 tiveram decisões judiciais favoráveis ao retorno das terapias na clínica (as demais seguem aguardando decisão judicial). Entretanto, destas 17, somente aquelas que os próprios juízes garantiram o custeio através de bloqueio dos valores na conta da Unimed estão com a continuidade das terapias garantida. As demais seguem ou aguardando que os juízes apliquem sanções que obriguem a Unimed a cumprir a decisão, ou na situação de instabilidade descrita acima – com débitos na clínica e permanente ameaça de redução ou interrupção das terapias.
Inconformados com esta situação, quarta (22/01/2025) novamente comparecemos ao entreposto da Unimed de Feira de Santana cobrando soluções, registramos reclamações e a administradora do entreposto que nos atendeu nos assegurou que o serviço social iria nos ligar para agendar uma reunião. Entretanto, as ligações que recebemos não trouxeram nenhuma solução para os problemas apresentados. Reiteramos nossa disposição para seguir lutando até que nossos filhos tenham suas terapias restabelecidas e contamos com o apoio da sociedade feirense para denunciar a forma desrespeitosa com que temos sido tratados pela Unimed e pressionar para que a justiça efetivamente se faça”.
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